2011/04/30

Momentos e Sentenças

       "Momentos  e   Sentenças"  


 


Me banhei no horizonte
Onde fizemos amor
Minha saudade estava comigo
E trouxe-me o seu corpo num frescor


A minha pele lisa sonhando
Meu doce desejo te pronunciando
Água em meus cabelos...
Sonhando com o toque de seus dedos


A vida é assim
Um enorme explodir de emoções
Sua boca no meu corpo
Minhas sutis confissões


Eu sei que tudo o que eu guardo
Não muda o nosso dia enfim
Mas mesmo assim olho teu retrato
E procuro crer que tudo tem seu fim!


Minhas lembranças me rasgando as vestes
Dos dias no corredor nosso amor em suas preces
Toques fortes, cheiros doces, rolando os quartos...
E o que eu posso pedir a Deus no meu cansaço.


Abrace-me mais, me beije bem...
A sua vida já não é de mais ninguém
O teu rosto sussurrando meus quadris
O meu gemido de um momento que senti


Abrace-me mais, ame-me sempre, não vou sair daqui
Sem ao menos saber como pude ser assim tão feliz!
Depois de tudo sentada em seus braços apertados
Minhas confissões desse nosso momento sagrado


Um dia e um beijo teu.
Um paraíso sem banzo ou bardo
Do colo teu eu me embriago
Fotografias minhas que de ti guardo


O meu amor é meu, sou toda nele
Corro pelos campos e as lágrimas a chover em mim
Todo dia será um dia de amor
Mesmo sabendo que de tudo se sobrou...


São esses tais momentos que me sangram o torpor
 Velas sobre a mesa, jantares cheios de vossa beleza
Onde eu olho pra janela e abro você dentro de mim
Onde os anjos têm desejos e os homens são querubins.


Essa mania minha de despir a minha dor
Perguntando como você pode sair daqui
E deixar-me sem uma lembrança pra dormir
Doce trajeto do corpo em se vestir.


Quartos sérios, móveis surdos, a solidão está aqui
Cadê aquele homem, cadê tudo o que vivi...
Nossos momentos insistem em não me deixar dormir.
Caia em meus sonhos, e jamais me acorde em mim!


Quando vejo seus passos na minha história
Abro os meus braços e olho aos céus...
Como pode uma mulher não acreditar
Que foi nos braços de um homem


Que ela pode ser feliz...
Dos dias de lágrimas
E das coisas plenas que vesti
Uma sentença de morte...


Pra me perdoar...
Por te mandar embora por causa do que ouvi
E nunca... Dos presentes e dons teus...


Furtando-me do que...


Só eu vivi!




Czar D’alma


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