2011/08/31

A Cela da Alma

            "A Cela da Alma"     




                    






É no horizonte que, percebo tuas palavras
Umas mudas, outras quase caladas...
Quando fiz do verso a minha arma
Mais humilde e mais frágil farsa


Eu acordo e vejo você em meu corpo
Sou uma missa de seu âmago sempre ausente
Um rio quando acordo em meio às lágrimas
Coisas que acedem à chama ardente.


Quando olho o horizonte, seu corpo
E uma multidão de pensamentos me invade
Delirando aquele dia na praia a calma na alma
Mas no coração era a minha alegria em saraiva


Onde tu me pegaras com um pássaro
Decolando-me em mil e uma partes ávida
Beijo molhado, corpos quentes...
E uma lembrança pra ser guardada


Pra eu poder olhar o horizonte
E não naufragar
Em minhas próprias
Lágrimas.


Agora o horizonte é uma sentença
E meu corpo...
A cela da alma


Coisas que me despertam na madrugada
Onde eu desespero em nossas memórias
E me percebo...
Quase um 



Nada.









Czar D’alma



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