2012/04/16

C a f a j e s t e

            "Cafajeste"



                          



Um arquivo morto em meio aos homens
É o seu discurso enquanto come.
Declara versos às amantes
Pensando que assim tu te tornas importante.


Esquece o desejo que não é teu
Que a tua carne fêmea não sacia
Fica à noite espreitando o corpo
Que jamais será o seu.


Então tu deixas em tuas mãos
O que ninguém quer...
Uma foto implorando rugas
E a tua fome por causa da pouca roupa.


Ontem eu saí e deixei-te em casa
Não volto antes das seis
Peguei carona com outros
Os mesmos desejos que não notas.


Um dia ainda acabo chegando à lua
E com você em Marte ou quem sabe
Na tua outra casa.


Cafajeste!




Czar D’alma – “Cafajeste”


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