2020/11/11

Ela – Czar D’alma. ( P.s.: Dedico esse poema à todas as pessoas que colaboram com esse espaço e em especial, às Damas!)

Ela – Czar D’alma



 

Ela 


Eu escrevo pra ela

Ela anda de preto

Tem ondas nos cabelos

Com muitos outros segredos.




Escrevo com tinta junto a paixão

Deslizo meus sonhos em letras

Me perco de mim...

Desprezada fica a razão.




 Escrevo enquanto ela nem sabe

Assim, olha as palavras nas mídias

Nas resmas de blogger não fica a mentira.


 

Em quase todas as cartas ou poemas

Ela nunca percebeu quando lê

Que dela se fala, sonha e como se inspira.



Outro dia ela recebeu um poema

Onde estava do começo ao fim

Ela disse às amigas que era tão lindo...

“Mas não parecia pra mim!”.


 

O amor me deixa tolo

Deveras, sem amor fico também.

Quando escrevo em versos, prosas...

Ela continua como ao coração convém.


 

Ela sabe que não é minha

Logo, quem será de alguém?

Ainda que do altar um amém.


 

Quando escrevo penso nela

Ela me basta, mas seu sorriso também.

Da inspiração dela eu vejo os homens tristes

Alguns com armas nas mãos, outros peitos à riste.




Por que a vida passou tão depressa

Que ela leu de tudo, assim como de mim.

Sabe que um dia será feliz

E que dentro de mim sempre existe sim.



Como um grito inequívoco

Onde sai uma palavra estranha

Diante do que quero, deveras minto.



Por ela os índios morreram

Crianças ficam órfãs, como rios secaram

Em dia de chuva, à casa voltaram.



Eu a poupei das guerras dentro de mim

Horizontes perdidos, erros sem sentido.

Por um momento, eu a fiz feliz

Como a chama que arde do início dum triz.




 Governos caíram... Mulheres ficam viúvas...

Mas nas cartas estavam os ditos de tudo

Mesmo as hostes mais frias, longas e duras

Onde das trincheiras o soldado teme a sepultura.

 


Em casa com a carta sorriu, bem como o vestido preto abraçou

Ela ainda não me liga, mas eu nem sei seu telefone

Mas o amor sempre vence, ainda que por nada se consome.




Ela lia às amigas... Achavam engraçado, místico também interessante

Que possa um escritor de cartas em meio aos seus delírios

Escrever para essa criatura desconhecida, mas tão cativante.




Sei que ela sabe agora, já faz dias, quem sou.

Esperando o próximo poema quando ela

Sair do lugar onde a desprezam outros olhares

Mas em casa solta o vestido que é lindo, mas sua nudez é bela!




Onde as rosas desfilam nas primaveras

Sei da vida nada, da vida quero saber é dela.

Por que os homens voltam das guerras?

Como as pontes de Madison continuam amarelas?




Porque venderam de tudo, perderam da vida o sentido.

Logo na fotografia beijar o presente deixado desde o passado

Quando eu escrevi seja a carta ou poema, porém nunca fui por ela apagado.




Hoje ela está bem, leu mais um poema deveras fora dormir

Quando deita na cama, olha as estrelas pela janela

Jamais se perguntou por que nunca lutou pra ser feliz.




 Com uma lágrima nos olhos

Ela continua bela como do veleiro a vela

Mesmo sem o vestido preto, eu ainda sou louco por ela

Pelo nosso mundo imperfeito, igual uma chuva e um quadro lindo 




de aquarela.


 

Ela – Czar D’alma


P.s.: Dedico esse poema à todas as pessoas que colaboram com
esse espaço e em especial, às Damas!

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