2021/02/25

Aquele homem – Czar D’alma.

Aquele homem – Czar D’alma.




"Aquele homem."

 


Aquele homem fava consigo

De ir à frente de si

Vencer por si

Da vida os sentidos.

 


Aquele homem ouvia

De seu interior a própria voz.

De dia ele andava sangrando

Buscando desatar seus próprios nós.



A gente o ouvia dizer

Que estava querendo

De todas as formas

Consigo mesmo se entender.

 


Ele dizia coisas estranhas, ouvia a mobília

Qualquer noite era sempre motivo

De falando consigo

Entrar em vigília.

 


Poucos o entendiam

Muitos o julgavam

Mas quando era feliz

Ninguém o deixara.

 

                                                         

Perdeu a família

Morreu de sede e amor.

Olha para os céus

E pergunta ao nosso senhor.




 Se ele ainda viverá

Quando todos o deixaram

Querendo não se sabotar

Pescando ilusões, querendo amar.

 


Aquele homem

que uma criança um dia foi

Gostava das coisas da terra

Mato, barro, montanhas e coisas de boi.

 


Ele agora está tão só

Rodeado de si conversa

Com todos os seus “eus”

Que lhe atravessa.

 


Quer voltar a ser criança

Mas ainda lhe persegue

Essa vida perversa.

 


Um dia há de crescer

Não apenas o homem

Mas a criança que um dia

Deixou de fato 



ser e viver.

 


Aquele homem – Czar D’alma.



"Em homenagem à todos os homens que, cresceram

e jamais deixaram a criança dentro de si!"

(Czar D'alma)


Um comentário:

  1. Oi! Novo poema! Vem conosco ver! Uma obra sobre a condição humana do homem, frente a si... Sua "via crucis", esse redescobrir e reencontrar com a criança!
    "Em homenagem à todos os homens que, cresceram

    e jamais deixaram a criança dentro de si!"

    (Czar D'alma) Obrigado, Beijos n'alma e carpe diem!
    Segue link .: http://poemasdalma.blogspot.com

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