Única realidade – Czar D’alma.
Única realidade
Das vozes que eu ouvia
Sobraram as minhas
Nos gritos do útero da mulher.
Dos medos que esculpi na carne
Eu bebi sedento com anseio por sangrar
Na verdade Deus era a única realidade
E o meu desejo e anseio em lhe criar.
De cada frase tua
Não sobrou a lua
Que me fizera nua destilar
O álcool da memória
A indolência da minha estória
Acordada sonhando em te amar.
Eu já nem existo tanto
Tanto quanto, eu a lhe desejar
Mas enfim, do quarto ficou o segredo
Que seus amigos nunca hão de imaginar.
Eu que corro atrás do vento
Foi atrás de ti
Que aprendi a delirar.
Hoje eu sou febre e convento
Nada falta que não invento
Senão o tal do gesto que você
Me pede para ficar.
Mas tudo passa rápido
O cometa não deixa tanto rastro
Quanto o que em minha alma
Pôde suplicando a ti lhe suportar.
As vozes que escuto estão comigo
Mas a tua pele jamais há de me tocar.
Por que eu pintei você em meus sonhos
Mas a única realidade, era eu a lhe amar.
Mas de que lamentam as almas
Senão dos seus atos a hesitar.
Querelas de sorriso estão nos bares...
Só em casa que se sabe o que é altar.
Então, lhe agradeço e tu nem se despedes.
Eu aprecio a tua linda reza e prece
Que nunca há de me
salvar.
Única Realidade – Czar D’alma.
Em tempos onde, as pessoas se fecham mais, esse poema dispõe a transparência de quem ama, ou mesmo quando o amor é à vida, suas subjetividades, as condições do sofrimento frente ao ser fragilizado frente ao par. Espero que seja bom pra ti quanto é a força desses momentos! Obrigado, bjs e carpe diem!
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