Desgosto – Czar D’alma.
Desgosto – Czar D’alma.
De norte a sul estrela linda, leve negra desperta
Entre trilhos urbanos rasgados nos seios de outono.
Toda cerimônia entre o frescor de amônia
A vida leva sempre o riso negro lá...
De bem com a vida mareado os olhos
Permeados o couro em suor, navalha e chicote.
Quero a coroa da rainha no Otelo Baiano.
Ou será que ainda teremos mais sonhos?
Em rugas nas lutas na bruta sede de voar.
As embarcações trouxeram os reis a cambiar.
Nascente da nação rota de Aleijadinho ou Salvador.
Onde ficou na pele preta a fome e sede do amor.
Quem paga a obra que se ergue aqui e acolá;
Quem vaga em vagões em todas as décadas e estações...
E roga a branca Verne que lhe verte a liberdade em dor.
Aonde se brotará dessa nação desde samba, futebol e fulgor.
Então, hoje é treze de maio e desmaio frente ao reinado e ao que ficou.
Uns dias somos liberdades outros somos póstumas versões da
mesma caridade.
Os pretos, os pardos, os fardos quem colheu onde jamais
plantou...
A sebe encerra a discórdia na impura forma de memória,
restou algo além da história.
Os navios negreiros sobem os morros do Rio de Janeiro, baixada e outros mourões.
Haja versos saudade e dor, por que jamais vos faltará da
labuta, os caixões.
Vejo correntes nos pescoços e no mar de lágrimas
um banzo
Chamado desgosto.
Desgosto – Czar D’alma.
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