2022/09/04

Cartas de amor sem remetente. Czar D’alma.

Cartas de amor sem remetente. Czar D’alma.




Cartas de amor sem remetente.

 

 

Não me lembro de cada ofensa

Procuro guardar as flores contidas.

Não penso onde estávamos

Mas da volta por cima da ferida.



 

Eu não abro mais as fotos suas...

Procuro ao fechar os olhos

As tuas mais viris cruas e nuas.

 



Deletei cada imagem sua de meu consciente

Fiz um detalhe de flores e outro de pendente

Jogamos as rosas no mar, tomamos aguardente.

Fingir que é pura bobagem a aliança nos dedos quentes.

 



Vou descobrir meu mundo tão assim, calada sozinha

A busca do carinho e da tua fala dizendo das pernas minhas.

 



Vou escrever uma carta para Lacan

Outra pra Rogers, Beck e Jesus...

Correr atrás do vento e essas coisas

Onde tudo é vida, onde tudo é luz.

 



Não ter medo dos seus caminhos

Quando em ti e por ti jamais

Nossos corpos jamais serão sozinhos.

 



Deita cá teu beijo em minha boca

Até nossa filha fez o Bori e dizemos outra...

A fé que nunca une, tal esperança que destrói.




A mente que ama e sangra e nada lhe condói.




Cartas de amor sem remetente. Czar D’alma.


 

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