"Do campo e da saudade"
Tenho saudades do cheiro do campo
Das coisas soltas e suaves, o horto
Onde o tempo é bom e esqueço
Dos prédios o lado absorto
Aquela folha que cai em meio à poeira
E a poesia brinda junto da cordilheira
O lado bom de ser simples e da vida
Do sorriso que, não lhe deixe no caminho, ferida
O campo não me logra a vida estribadeira
Com o tempo se esquece como se é criança
E como se vive bem com cada brincadeira
Eu sou o campo nessa cidade inteira...
Tenho saudade do cheiro de mato
Onde o cabelo branco vive com agasalho
Por suas mulheres amadas sem empecilhos
Esse lado da vida em seu doce estribilho.
Tenho saudade da água límpida e da fonte
Quando o amor é puro e a consciência também
Pelos vossos filhos correndo livres
E os santos dizem amém!
Se essa saudade me consume
A lida da vida vai além
Onde eu sou de todos
E não se obriga à liberdade de ninguém.
Esse campo de minha mente anda solto
Mas quer viver preso ás fumaças da cidade
Onde a liberdade é quase mentira
E a verdade nunca vem.
Eu sou disso tudo...
E já não sou de mim também.
Onde eu caso o sol de cada dia
Com o meu amor me fazendo bem
Contando os lírios...
E os versos da vida que se tem
O campo é minha lida
E a vida nunca se sente
Aquém.
Czar D’alma
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá! Deixe sua participação e comentário e
Sinta-se livre para comentar!
Muito Obrigado pela gentileza!
Você sempre é Bem-vindo(a) !
Carpe diem!