2013/05/04

“Com o tempo” – Czar D’alma.

“Com o tempo” – Czar D’alma




 “Com o tempo” – Czar D’alma


Com o tempo se vê
E lá vem...
A distância das coisas perdidas
E a saudade que dorme alada.




Com o tempo o discurso desfaz
E o que vale é onde mora os sentidos
Tempo que a gente diz que ama
E a tudo sorrindo abraça.

Com o tempo que as  marés
Deixam nossas pegadas na vida da estrada
Eu querendo o deserto esculpir                                                                                                                            
Pra fazer  da arte o momento a sorrir.




Com o tempo a gente não lembra
Tão pouco se esquece do que é verdade...
O tempo nos lança, adormece e estilhaça
O que um dia a gente chamou de desgraça.

Com o tempo eu ando desconfiado
Que o veneno cura e não mata.
Quando eu olho pro tempo que passa.
Me deixando a esperar o arder que não cala.




Com o tempo os amigos se vão
Os versos sentidos na vida deixam um tom
De quem escolhe o berço e o banzo que me caça
Um dia eu acordo delírios, outros o delírio me mata.

Se o tempo não diz,
O que o verso apenas se cala...
Desejos estão na palma da mão
De quem se bebe a cicuta da paixão.




Com o tempo, o tempo não volta
Mas, os verdadeiros amigos estarão à volta.
Eu que detesto brincar, aprendi com eles
A jamais esquecer à roda dançar, desejo que devota.

Com o tempo escolho um caminho
Enquanto da vida os caminhos me acham.
O verso me diz que a vida é uma gargalhada
De uma boca banguela, sorrindo na praça.




Enquanto o tempo não pára
A gente escolhe com quem caminhar
Se de mãos dadas ou de mãos entrelaçadas.
Parece coisa séria, mas é quase piada.

Com o tempo o delírio se acalma
E o mar agita a alma dentro e por fora.
Com uma canção chamada,
Tristeza, sorriso, verso e piada.




Tudo com o tempo se cura...
Menos da vida o amor que abre a ferida
E de gritar não se cansa ou cala,
Apenas desfaz-se 




em meio à risada.




“Com o tempo” – Czar D’alma


2 comentários:

  1. Saudações, amigo! Parabéns por mais uma bela percepção da vida!

    De fato, com o tempo, por muitas vezes, percebemos que, aquilo que por toda uma vida julgamos veneno, na verdade, era a cura, de braços abertos, esperando pela nossa iniciativa em abraçá-la e ser feliz.

    Causa-me uma tristeza profunda quando lembro dos amigos que ficam pelo tempo. Mas, a alegria se renova pois, muitos amigos também vem com o tempo.

    Já estou ansioso pelo próximo poema!

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  2. Olá, João, Nobre amigo e cavalheiro!

    Sinto-me lisonjeado e feliz com sua

    participação. Muito Obrigado pelo

    carinho para comigo e Obra que, não é

    meramente minha, mas de TODOS!


    Abração N'alma e carpe diem!

    Obrigado!


    Até!

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