2016/06/04

“Adubo” - Czar D’alma.







“Adubo”  -  Czar D’alma. 








“Adubo”  -  Czar D’alma. 




Eu não quero ser adubo
Mas minha carna caminha pra lá.
Não quero o fim e busco o início..




Na estrada de minhas cobiças
Me vejo canibal de mim
Vomitando a própria lida e vida
Arrotando o presente e soluçando passado

Eu que busco o além, corro de mim e lavo-me do meu ser.
Que ironia essa minha fome, sede e desejo...




Pareço-me com tantas coisas que odeio
Amo aquilo que me destrata, destrato a vida que amo.




Eu que não quero ser adubo,
Corro aos trancos aos meus jardins.

Eu que desejo o seu amor, não amo.
Que deliro ao som dos pássaros
Que adormeço com o por do sol
Com o som das crianças sonho desde o útero que me vomita




Dormito em mil lágrimas
Acordo comigo, sem querer ser adubado
Que pregresso me ordeno pra lá.
Sem buscar o fim, vou pra ele.




Então, já não receio a estrada
Caminho com meus pés, e dos pés de meu inimigo
E quem me odeia sorrir por saber que adubo sou

Não costuro a passo, mas rasgo a palavra
Que sangra com meus delíros, com a mágica viva
Que a vida me deu, antes de lhe dizer...
Adubarei sim, o meu ser




Para que sejamos eternos,






“Adubo”  -  Czar D’alma

  

2 comentários:

  1. Obrigado, minha amiga poetisa! Me sinto prestigiado com sua presença aqui! Volte sempre, pois sempre és bem e são bem vindos os amigos, cooperadores e amantes da poesia!
    Até !

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