“Adubo” - Czar D’alma.
“Adubo” - Czar D’alma.
Eu não quero ser adubo
Mas minha carna caminha pra lá.
Não quero o fim e busco o início..
Na estrada de minhas cobiças
Me vejo canibal de mim
Vomitando a própria lida e vida
Arrotando o presente e soluçando passado
Eu que busco o além, corro de mim e lavo-me do meu ser.
Que ironia essa minha fome, sede e desejo...
Pareço-me com tantas coisas que odeio
Amo aquilo que me destrata, destrato a vida que amo.
Eu que não quero ser adubo,
Corro aos trancos aos meus jardins.
Eu que desejo o seu amor, não amo.
Que deliro ao som dos pássaros
Que adormeço com o por do sol
Com o som das crianças sonho desde o útero que me vomita
Dormito em mil lágrimas
Acordo comigo, sem querer ser adubado
Que pregresso me ordeno pra lá.
Sem buscar o fim, vou pra ele.
Então, já não receio a estrada
Caminho com meus pés, e dos pés de meu inimigo
E quem me odeia sorrir por saber que adubo sou
Não costuro a passo, mas rasgo a palavra
Que sangra com meus delíros, com a mágica viva
Que a vida me deu, antes de lhe dizer...
Adubarei sim, o meu ser
Para que sejamos eternos,
“Adubo” - Czar D’alma.
Parabéns pelo Blog, adorei os escritos...
ResponderExcluirObrigado, minha amiga poetisa! Me sinto prestigiado com sua presença aqui! Volte sempre, pois sempre és bem e são bem vindos os amigos, cooperadores e amantes da poesia!
ResponderExcluirAté !