Tulipas - Czar D'alma.
É quando o sol rasga o negro céu
Com a luz cônscia sem nenhuma
razão...
Que aquela criança em mim,
despida
Envolve-se em tempo e medida a
colisão.
Aí, então, ressurgem sonhos tão lindos
E outros que por tudo isso,
jamais serão.
É quando o dia rasga a noite que
me acolheu
Dos dias em que, os meninos eram
tantos
Mas em todos eles, apenas havia o
Eu.
E eu descubro as vozes, apanho
flores e tulipas
Que ternamente me adormecerão.
Entendia tudo até o tudo me dizer
que não
Sorria sempre e sempre, esperava
definição.
Não amava os fortes... nem
abraçava os que lutam
Em prol de que haja menos sangue
no chão.
Então, os dias e as noites se
uniram a mim...
As vezes, doía a saudade da
criança habitada aqui.
Olho ainda cada olhar dos que tem
vontade de chorar
Percebo que a vida ainda espera
que possamos amar.
Entendo que o medo não seria
necessário...
Se usássemos o que o medo nos tenta
ensinar.
Acordo e ainda rasgam-se noites
Bebo nas tulipas dos meus amores
Escrevo na areia aos meus
inimigos
Todas as vossas sentenças,
cicatrizes e dores.
Então, acordo e a criança se
foi...
Ao meu redor tudo que nunca quis
O adulto que se veste de mim
No amor que quase tive por um
triz.
O que não sou e o que bebem os
pássaros...
Das tulipas que choram, dos
versos que chovem e das mãos
Que se embriagam de ternura e de
compaixão.
Os dias passaram, mas jamais
passou
O infinito desejo de lhe ver
passar...
Mesmo diante do vidro o lunático
Sabe discernir o espelho do mar.
E quando o corpo ao pó
retornar...
Serão pelas tulipas que suas
almas vão rebrilhar.
Assim como as crianças brindam
com tulipas
E os pássaros as beijam pela
eternidade
Num desejo eterno de voar.
A arte sutil uma maneira forma
tenra, doce e suave.
De sorrir quando a dor é maior
que a alma...
E sempre menor dos que escolhem e
preferem amar.
Assim o dia passou e a noite
chegou
TULIPAS – Czar D’alma.
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