2024/10/15

Eu ainda – Czar D’alma.

Eu ainda – Czar D’alma.

 

 




Eu ainda.






Eu vejo a sombra das coisas, dos medos que tecem os bárbaros quando adormecem.

Eu vejo o delírio que, assola a criança na barra da saia da mãe que, tudo entretece.

Eu como as noites, eu despejo os desertos em meus sonhos...

 



Eu ainda sou amor e a soma de quase todos os meus erros.

Quando a noite acordo no meio da madrugada, estou certo.

De que a vida pode valer mais que um beijo ou abraço da mentira.

 



Eu ainda sonho com o abraço da menina.

Eu deliro as coisas que pertenço

E me perco ao olhar as nuvens...

 



Ah, eu queria o mar aberto, sem náufrago nem deserto.

Sem calor a alma se esfria e sem beijo o amor nem rima.

Eu corto os pulsos do destino eu sangro junto aos meninos...

Por que, não sei de tanto em mim, o desatino.

 



Amanhece e eu aclaro os sonhos.

Me pertenço aos mil desejos

Que ainda não sou.

Senão, 




amor e fuga.

 

 



Eu ainda – Czar D’alma.


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Ao Criador – J. Czar D’alma.

Ao Criador – J. Czar D’alma.

 




AO CRIADOR 



Existem coisas que, não são ditas – Me calo!

Das lembranças escondidas, refaço.

 

O horizonte não tem dono

A maçã é de qual estação do ano?

Como os pássaros são felizes

Cantam e nada cobram.

 

Existem coisas que, são planos dos aplausos de Deus.

Em tempo o Eterno tem charme

Nunca erra e jamais algo perdeu.

 

Eu corro com as crianças

Eu choro com as mulheres

Atravesso como um soprano.



 

Existem coisas que não têm sono

O por do sol não mora

Mas se afoga no oceano.

 

A dádiva está no olhar

Nas mãos os nas frases

Quando o mundo é dos infiéis?

 

Eu tenho no bolso muitos centavos

Mas nas carteiras, lojas e bancos

Não cabem nenhum dos decibéis.

 



Logo, olho para os céus

Faço rezas e planos com o salvador

Se ele me prometer me fazer sorrir

Eu prometo lhe doar amor.





Ao Criador - Czar D'alma.

2024/10/11

Caso perdido de amor – Czar D’alma.

Caso perdido de amor – Czar D’alma.

 




Caso perdido de amor.



Guardei pra ti, deixei entre nós

 O que havia de melhor

Canções, vinhos e outros lençóis...

 



Guardei em mim e no que vivi

Pra eternizar a flor, despir do espinho

Que eu um dia pertenci.

 



Tua distância e tua flagrância

Ficou tudo aqui...

Até o teu sussurro, ouvi.

 



As noites e as brigas, os acordes das músicas

As rixas, a noite na praia...

Até a aquela bendita mini saia

Lembro todo final de ano pra chorar na virada.

 



Mas eu to feliz e escuto minhas amigas

Eu ando, eu corro, vou a academia

Mas quando a noite chegar são os travesseiros

Que entendem bem, qual é a minha terapia.

 



Deixo o sorriso mentir, poso nos bares da felicidade...

Mas foi no nome da fofoca que deixei meu homem ir embora

Por conta de meu orgulho, de ouvir a falácia da mentira e falsidade.

 



Hoje faz novecentos e setenta e oito dias, e quatro segundos

Que ouvi o ano virar, o novo chegar

E ninguém percebe sequer entende...

A dor que me lacera, rasga ao me fazer lembrar.

 



Do que as pessoas são capazes de fazer

Se não ouvirmos os dois lados

Sem hipocrisia, sem julgar ou sequer ouvir a voz

Que acorda os nossos medos, afasta vidas e põe na 





conta do pecado.





Caso perdido de amor – Czar D’alma.


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2024/10/04

Beijo da América Latina – Czar D’alma.

Beijo da América Latina – Czar D’alma.

 




Beijo da América Latina




Dos dias e noites

Das frases abertas

E das flores e delírios

Tua presença, meu colírio.

 



Não sei como são feitas

As coisas em tua cabeça

Eu gosto do beijo teu

E do que me dá tua cereja.

 



Um dia ainda acordo ao lado teu

Nos teus momentos onde tu me aceitas

Não importando com meus medos

Nem com minhas incertezas.

 



Ah eu gosto quando sorrindo me beijas

Com tuas mãos em minhas coisas refeitas

Tu te apreendes e aprende que quando tio Chico despejas

O mar onde tudo é divino ainda que, o incêndio a vida apedrejas.

 



Hoje eu vi a criança no seio aberto

A América Latina tudo respeita...

Entre o céu e o inferno, existe o terno e a gravata

Que aperfeiçoa o medo da vida na mentira 






que ajeitas.

 



Beijo da América latina – Czar D’alma.


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2024/09/30

O Porto – Czar D’alma

O Porto – Czar D’alma.

 





O Porto.




Das sombras uma verdade não nasceu

Do oceano em mim, de algo, de um beijo teu

Na margem de tudo que é sonho verteu.

 



Minha memória tem sede, tem medo

De um mundo que era tão lindo

Onde tudo que é belo é seu.

 



À margem de cada delírio

Frente ao amor, deitado em precipício.

À beira do abismo ainda restam indícios

Por que a esperança ainda não morreu.

 



Então é um dia, uma noite e uma década.

Eu esperava todo dia, frente ao mar no porto...

O retorno do que só em mim aconteceu.

 



Destinos cruzados, sonhos molhados...

Até os índios se vestem bem ainda de lágrimas inundados.

Ontem ela estava frente ao porto e de volta ao torvo

Esperava um amor que, ainda vive, sendo só 





e morto.

 

 



O Porto – Czar D’alma.

 

2024/09/22

Sinceramente – Czar D’alma.

Sinceramente – Czar D’alma.

 



 

Sinceramente.



Deus perdoa dos mentirosos

Os que mendigam sem fome.

Dos corruptos profetas e sacerdotes

Destilam do pobre o suor e nome.

 



Deus tenha piedade

Dos que assediam menores

Em nome da promiscuidade.

 



Das senhoras corpulentas em suas marquises

Onde comem os filhos e das filhas tornam meretrizes.

 



Deus por misericórdia

Abra as celas dos marginais

Que insistem em porem o teu nome

Em nome de qualquer Barrabás.

 



Eu ando de tua graça sempre atrás...

Me perdoe por que eu os vi

Vestirem da fome em suas riquezas

Comem do outro a fé e a certeza.

 



Eu vi cada um deles e me calei

São teus os propósitos, são tuas as sentenças

Então os perdoe por que na minha incoerência, 





não consigo!




Sinceramente – Czar D’alma.




OBS.: 

ESSE POEMA NÃO É CONTRA NENHUMA RELIGIÃO, INSTITUIÇÃO E OU PESSOAO EM ESPECIAL, APENAS UMA REFLEXÃO E DENÚNICA, POIS TODOS CARECEM DESSA GRAÇA DIVINA. 


GRATO 

Abrigo, o autógrafo de Deus – Czar D’alma.

Abrigo, o autógrafo de Deus – Czar D’alma.

 

 



Abrigo, o autógrafo de Deus.




Saio em torno de meu silêncio

Abro as asas de meu espírito

É tão precioso sangrar

Como vil o não aprender.

 



Deveras sangro as besteiras que ouso dizer

Mas calo ou digo, comigo e em mim somente

Tenho a angústia e a beleza do ser.

 



Salvo dos outros me sinto só

E só, nem sempre preciso estar perdido...

São dos beijos dela que, a carne dormito.

Mas ela ainda não sabe como dela tenho sido.

 



O ardor que sorridente lacrimeja

Eu vejo o escuro e percebo a certeza

A luz que me cega pelo futuro que minha alma

Feliz, lúgubre e ardente infeliz, deseja.

 



Vem me diga que não é feita de mentiras...

O amor, a dor e o abraço que aprecias.

Vem, Vem e cala a maldade da humanidade

Não da solidão, que eu caia me permita.

 


Eu agarro os sonhos

Eu deliro em vãos clarões...

Eu vejo a frase desfeita na carne

No autógrafo de Deus eu degusto verdade.

 



Na delícia do verbo vivo, eu deliro

No âmago dos seres, eu sou repentino.



 

Ah eu ainda acordo de um século, ainda menino!

Abrindo a alma tola, toda verdade se veste de luz

Embora todos nascem e amam, somente na morte

É que alguém calado é forte e tudo seduz.




 

Me deixa calado, me deixa comigo.

Tu que vens e veste as tuas mentiras de mendigo.

Eu ainda tenho duas canetas e outras coisas...

Que na minha dor, me abraçam e me fazem, abrigo.

 




Abrigo, o autógrafo de Deus – Czar D’alma.

 

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Parágrafos – Czar D’alma

Parágrafos – Czar D’alma.





Parágrafos


 

Eternos são os sonhos

Dos lábios que beijamos.

Eternos são os dias e noites

Que ficam anuviando os planos.

 



Quero dormir ao lado de minhas esperanças

Fazê-la acordar, e dirimir das palavras os enganos.

Sei que em cada inocência não habita apenas incoerências.

Hão de exprimir os olhares e expectativas das ignorâncias.

 



Frente aos versos adormecem dilúvios de êxtases.

Mas não me canso de calar e ouvir gemidos estes.

Há comédia em toda tragédia e tragédia em cada gargalhar

Seja na paz ou nas guerras os homens não vão deixar de amar.

 



E os poetas vão dormir sem ouvir

O calar do gemido que não permite sofrer...

Sem existir no coração de quem ama

Ou quem sabe, um dia deixou de viver.



 

Abra os braços e permita amar

Aperte os lábios e não deixe de falar...

A cada frase que, no ar deixou de pousar.

  



Por que os amores chegam ao anoitecer

E deixam os leitos quando o sol começa a flertar.

 



Parágrafos – Czar D’alma.

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