2022/10/26

Das vias do sêmen – Czar D'alma.

Das vias do sêmen – Czar D'alma.




Das vias do sêmen.





O que eu fui... 

onde estive.

Das minhas pegadas

das topadas na terra dura.




De cada sentimento dividido.

Das ânsias sobre o próprio umbigo.





De que me calei para tua felicidade.

Do quanto me vestes de fraquezas...

para compelir a tua nua eternidade.




O que eu voei, do que menti.

Para que fosse felz, assim, assim...




Dobrando esquinas da existência

comprando e vendendo no mercado

da minha ignorância em capa de inocência.




Eu irei por ali, não sei de ti.

Eu irei pelas veredas de que compus.

Do quanto sangrei e do tamanho

de minhas feridas que a ti somente expus.




O que eu fui, o que verti.

Dei com a vida e a vida vem

de verdade em verdade.

Do que a gente sonha e vibra além.




Não sei qual estrada é perfeita

apenas posso saber da minha

que completa a sombra da incongruência.

Onde os versos são de sangue nunca houve clemência.




Tu te gozas com a dor que ao outro embota.

Tua gargalhada tem o tom de quem

acorda em muitas camas e finge que amas

não amando nem da perna o escorregar do teu sêmem.




Eu fui, eu vi e voltei pra mim.

A estrada estava sempre preparada

o que eu não esperava era que as curvas são certas

menos a pessoa que ao lado delira, vacila e mente em 




ser amada.



Das vias do sêmen – Czar D'alma.

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