2011/05/17

Rasgando Vestes

       "Rasgando Vestes"   






Hoje eu abro os braços
Grito aberto e solto o meu mundo
Hoje minhas sandálias estão em casa
Eu vou firme e feliz eu vou mesmo a pé!


Hoje eu rasgo as minhas vestes
E me visto de mendigo
Sou uma eterna conspiração
Sou do Baco o próprio vinho.


Eu vou gritar e meu amor virá
Antes que o sol se põe e as maçãs
Nunca mais nos deixe sempre nus e livres
Entre bons pecados e com sede de amar.


Eu ando pelas ruas, abraço o vento
E depois das seis, me recolho, sou convento
Você me vê passar, não despreze o que há em mim
Se tiveres um segundo de coragem dê a mão, veja sim!


Ando perdoando meus pecados
Sofro com meus erros e com as pessoas que feri
Um dia eu volto e digo a todos, sou humano, sou uma fera
Nem eu mesmo sabia quem eu era...
Me assustei comigo mesmo, desde o dia que nasci!


Ando soltando os meus versos
Deixando pra trás meus erros e meus vermes
Coisas nada lindas que, um dia eu sei,
Brotou em mim.


A cada passo que eu dou, eu sugiro sua presença
Quando olho para os homens, olha pro céu e a Deus peço
Me devolva, a ignorância  e os tempos que,
A infância era meu verbo!


Hoje eu choro só, sou poeta e desconexo...
Mas quando olho para os céus
Sempre vejo que no mundo, muito e Sempre perto
O ser e coração, coisa onde habita o oprimido pelo inverso!


Hoje eu rasgo as vestes
Ando só ou com amigos...
Mas se você não me entenda, te entendo
Como é bom ser assim e invejo, o inocente ou esquecido.


Quando eu abro os braços os ventos me abraçam
Passam os idos e belos anos...
Mas de mim nunca passa nem jaz
A esperança de amor e de viver em plena paz


Entre o leão e o cordeiro
Onde nunca mais alguém se aproveite
Dos que não têm poder e tão pouco
Dos que ainda não comem, mas bebem leite.


Hoje eu abro e rasgo as vestes
Pra quem sabe eu encontre em minha direção

O amigo,

O compadecido

E o irmão!

Quem sabe, meu próprio inimigo.



Sim, eu rasgo as vestes...





Czar D’alma 


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