"Rasgando Vestes"
Hoje eu abro os braços
Grito aberto e solto o meu mundo
Hoje minhas sandálias estão em casa
Eu vou firme e feliz eu vou mesmo a pé!
Hoje eu rasgo as minhas vestes
E me visto de mendigo
Sou uma eterna conspiração
Sou do Baco o próprio vinho.
Eu vou gritar e meu amor virá
Antes que o sol se põe e as maçãs
Nunca mais nos deixe sempre nus e livres
Entre bons pecados e com sede de amar.
Eu ando pelas ruas, abraço o vento
E depois das seis, me recolho, sou convento
Você me vê passar, não despreze o que há em mim
Se tiveres um segundo de coragem dê a mão, veja sim!
Ando perdoando meus pecados
Sofro com meus erros e com as pessoas que feri
Um dia eu volto e digo a todos, sou humano, sou uma fera
Nem eu mesmo sabia quem eu era...
Me assustei comigo mesmo, desde o dia que nasci!
Ando soltando os meus versos
Deixando pra trás meus erros e meus vermes
Coisas nada lindas que, um dia eu sei,
Brotou em mim.
A cada passo que eu dou, eu sugiro sua presença
Quando olho para os homens, olha pro céu e a Deus peço
Me devolva, a ignorância e os tempos que,
A infância era meu verbo!
Hoje eu choro só, sou poeta e desconexo...
Mas quando olho para os céus
Sempre vejo que no mundo, muito e Sempre perto
O ser e coração, coisa onde habita o oprimido pelo inverso!
Hoje eu rasgo as vestes
Ando só ou com amigos...
Mas se você não me entenda, te entendo
Como é bom ser assim e invejo, o inocente ou esquecido.
Quando eu abro os braços os ventos me abraçam
Passam os idos e belos anos...
Mas de mim nunca passa nem jaz
A esperança de amor e de viver em plena paz
Entre o leão e o cordeiro
Onde nunca mais alguém se aproveite
Dos que não têm poder e tão pouco
Dos que ainda não comem, mas bebem leite.
Hoje eu abro e rasgo as vestes
Pra quem sabe eu encontre em minha direção
O amigo,
O compadecido
E o irmão!
Quem sabe, meu próprio inimigo.
Sim, eu rasgo as vestes...
Czar D’alma
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