2024/02/11

A ovelha e a alcateia – Czar D’alma.

A ovelha e a alcateia – Czar D’alma.




A ovelha e a alcateia


 

Pra onde esconderei aquela dor

Quando o inverno ainda nem chegou

Pra quem se faz juras de amor

Pra quimera da solidão rasgar a flor.

 



Pra quem se mente

Quando a solidão jaz

Nas paredes escuras

Onde o silêncio confunde a paz.

 



Me larga, me deixa sangrar...

Rasgue seus manuais de onde

O beijo fugitivo não permite a vida

E o escondido é filho da mentira e da ferida.

 



Mas ainda há tempo pra sorrir

Saia da frente e no espelho teu

Tu somente, encara e jamais pode mentir.

 



Me larga, me solta o verbo.

Insípido o sal é pisado e desprezado

Até o chamado irmão goza do abandonado

Esquece que quem fez a ferida faz o curado.

 



Eu ainda sou o equívoco da hipocrisia

Quando erro, chamo o outro de mentira.

Mas quando acerto junto multidões

Para perceber o quanto é sujo o meu galardão.

 



Eu quero o ultimo abraço

De quem tem os pulsos furados

Pra entender quem erra...

Basta chamar a vida de pecado.

 



E eu ainda sou a comédia

Que não tem riso nem plateia

Mas tem o próprio legado




Entre a ovelha e a alcateia.

 


 

A ovelha e a alcateia – Czar D’alma.


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